Começa neste mês de outubro o plano para fortalecer o Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, com a redução de voos do aeroporto Santos Dumont. O Galeão deve ter aumento de 56,5% nas operações de partida, na comparação entre setembro e dezembro, com mais conexões nacionais que alimentarão as linhas para o exterior.
O aeroporto internacional teve 1.902 operações de partida em setembro. A previsão é de aumento para 2.443 em outubro, 2.749 em novembro e 2.976 em dezembro. Ao mesmo tempo, o Santos Dumont, que em setembro teve 5.028 frequências, será reduzido para 3.939 em outubro, 3.548 em novembro e 3.628 em dezembro.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que coordena o plano de fortalecimento do Galeão, o Santos Dumont fechará este ano dentro do limite de 10 milhões de passageiros. Até agosto, esse aeroporto já havia atingido cerca de 8,2 milhões de viajantes, entre embarques e desembarques, com superlotação de suas instalações e várias horas de interrupção por questões climáticas.
As medidas para o fortalecimento do Galeão serão intensificadas a partir de janeiro de 2024, quando se espera que o aeroporto internacional receba todas as rotas excedentes do Santos Dumont, que ficará restrito a voos de no máximo 400 km, excluindo os aeroportos de Guarulhos (SP) e Confins (MG).
Galeão já está recuperando voos internacionais
A recuperação do Galeão como hub internacional já está acontecendo. Segundo Rafael Louro, gerente de tráfego da RIOgaleão, em novembro, o aeroporto internacional deve reconquistar os números de voos que já executou para Nova York, Houston, Miami, Madri, Lisboa e Paris.
Gol e Latam já divulgaram suas primeiras mudanças para levar para o Galeão os voos que hoje são operados no Santos Dumont. Somente a Azul ainda permanece com comportamento resistente a colaborar para o fortalecimento do aeroporto internacional do Rio.
Aproveitando as restrições aos voos no Santos Dumont, a Infraero (empresa estatal) pretende iniciar em janeiro obras de expansão das pistas do aeroporto, para colocação de equipamentos que ampliarão a segurança de pousos e decolagens. As obras, que preveem intervenção sobre as águas da Baía de Guanabara, tiveram licença do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
O plano para recuperar o Galeão será executado sob a coordenação da Anac, após determinação do presidente Lula, em alinhamento com o prefeito Eduardo Paes e o governador Claudio Castro. Foi necessária uma intervenção política para acabar com o contínuo inchamento do Santos Dumont ao longo dos últimos anos, o que prejudicou a economia do Estado do Rio, pelo enfraquecimento do aeroporto internacional.